O Seu site de resumos...

Olá, pessoal!
Esse blog eu criei quando estava no 2º ano do Ensino Médio. Como na época eu estava precisando do resumo "Til" para esclarecer algumas dúvidas, e não encontrava em nenhum site. Resolvi publicar o meu resumo aqui. E futuramente publicar outros resumos que eu fiz para avaliações da escola, e ajudar os estudantes que precisam desses resumos. Assim como por diversas vezes eu já precisei.
Atualmente já terminei a faculdade, e estou trabalhando, não tenho mais tempo para estar lendo novos livros e fazer resumos. Mas deixarei os mesmos disponíveis pois sei que podem servir para alguém! Portanto peço desculpas por não poder continuar atualizando o blog.
=D

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O Sertanejo

Um dos romances, bastante brasileiro, em que Alencar dá expansão ao seu gênero de pincelador retratando com belas e radiantes cores a paisagem do sertão um destemido vaqueiro a serviço capitão-mor Arnaldo Campelo que enfrenta os mais sérios riscos na esperança de constar a simpatia da filha do fazendeiro. Arnaldo tem destaque nas cavalhadas a maneira medieval de Ivone famosas liças. Marcos Fragoso se faz seu único rival. Afinal Dona Flor é prometida a Leandro Barbilho. No instante casamento, surge os inimigos de Campelo. Encerra o tiroteio, morre Leandro Barbalho, Dona Flor lamente enquanto Arnaldo tenta consolá-la. O trecho selecionado permitirá a análise do relacionamento existente entre Arnaldo e D. Flôr. Possibilitando-nos a comparação com o trecho de Inocência. "Já tinham soado no sino da capela as últimas badaladas do toque de recolher. Por toda a fazenda da Oiticica, sujeita a um certo regime militar, apagavam-se os fogos e cessava o burburinho da labutação quotidiana. Só nas noites de festa dispensava o capitão-mor essa rigorosa disciplina, e dava licença, que então por desforra atravessavam de sol a sol. Era uma noite de escuro; mas como o são as noites do sertão, recamadas de estrelas rutilantes, cujas centelhas se cruzam e urdem como a finíssima teia de uma lhama acetinada. A casa principal acabava de fechar-se e das portas e janelas apenas escapavam-se pelos interstícios, uma réstia de luz, que iam a pouco extinguindo-se . Nesse momento um vulto oscilou na sombra, e coseu-se, à parecer que olhava para o nascente. Era Arnaldo. Resvalando ao longo do outão, chegara à janela do camarim de D. Flôr, e uma força irresistível o deteve ali. No gradil das rótulas recendia um breve perfume, como se por ali tivesse coado a brisa carregada das exalações da baunilha. Arnaldo adivinhou que a donzela antes de recolher-se, viera respirar a frescura da noite e encostara a gentil cabeça na gelosia, onde ficara a fragrância de seus cabelos e de sua cútis acetinada. Então o sertanejo, que não se animaria nunca a tocar esses cabelos e essa cútis, beijou as grades para colher aquela emanação de D. Flôr, e não trocaria decerto a delícia daquela adoração pelas voluptuosas carícias da mulher mais formosa. Aplicando o ouvido percebeu o sertanejo no interior do aposento um frolico de roupas, acompanhado pelo rumor de um passo breve e sutil. D. Flôr volvia pelo aposento. Naturalmente ocupada nos vários aprestos do repouso da noite. Um doce sussurro,como da abelha ao seio do rosal, advertiu a Arnaldo que a donzela rezava antes de deitar-se e involuntariamente também ajoelhou-se para rogar a Deus por ela. Mas acabou suplicando a Flôr perdão para a sua ternura. Terminada a prece a donzela aproximou-se do leito. O amarrotar das cambraias a atulharem-se indicou ao sertanejo que Flor despia as suas vestes e ia trocá-las pela roupa de dormir. Através das abas da janela, que lhe escondiam o aposento, enxergou com os olhos d'alma a donzela, naquele instante em que os castos véus a abandonavam; porém seu puro o céu azul ao deslize de uma nuvem branca de jaspe surgisse uma estrela. A trepidação da luz cega; e tece um véu cintilante, porém mais espesso do que a seda e o linho. Cessaram de todo os rumores do aposento, sinal de que D.Flôr se havia deitado/ Ouvindo um respiro brando e sutil como de um passarinho, conheceu Arnaldo que a donzela dormia o sono plácido e feliz. Só então afastou-se para acudir ao emprazamento que recebera"

domingo, 8 de abril de 2007

Til - José de Alencar

Personagens:

· Berta: Era uma menina de 15 anos, muito boa, que gostava muito de ajudar a todos. Era mais conhecida por Inhá, e também tinha o apelido de Til, por causa de Brás que lhe dera esse apelido enquanto ela ensinava a ele o Bê-á-bá. Ela não aceitava o mal nas pessoas e queria ajudar a todos. Ela sempre foi amparada por Nhá Tudinha que foi como uma mãe para ela, já que sua mãe verdadeira, Besita, havia morrido, e Berta desconhecia o porquê.

· Linda: Era uma menina da mesma idade de Berta, que era muito apaixonada por Miguel, que na verdade não gostava de Linda e sim de Berta. Linda era filha de Luís Galvão e de Dona Emerlinda, e era irmã de Afonso.

· Miguel: Era muito apaixonado por Berta, e ficava muito irritado quando Berta ficava conversando com Afonso. Ele gostava muito de caçar, e sempre acompanhava Berta para que ela não andasse sozinha.

· Afonso: Gostava muito de Berta, mas não tanto como Miguel, ele vivia fazendo brincadeiras que Miguel não gostava.

· Jão Fera: Era um Bugre, um Índio, que quando pequeno foi criado pelo pai de Galvão. Quando ficou mais jovem sempre tinha de ficar defendendo Luís das brigas que arrumava. Quando descobriu que Luís gostava de Besita ficou furioso, e queria mesmo a morte.



Resumo:


Vinham caminhando pela mata Miguel e Berta (mais conhecida por Inhá). Berta era uma menina esbelta, e muito admirada por sua bondade pelos outros. Andando pela mata Miguel às vezes parava para poder ficar observando-a, pois, gostava de Berta. No caminho encontrara Jão Fera, um homem que era temido por todos, Miguel apontou a arma para ele, mas Berta gritou com império e Jão Fera foi embora. Berta era muito bondosa, mas quando ficava brava encantava ainda mais o seu companheiro Miguel.
No caminho Miguel não quis continuar, eles iam até a fazenda de Luís Galvão, que era o pai de Linda (uma amiga de Berta), mas Berta ficou brava porque Miguel não queria ir, pois não queria ver Afonso com gracinhas para Berta. Mas finalmente foram.
No ano de 1846 era de recente fundação a fazenda de Palmas, que Luís Galvão herdara do pai. Ali se combinava uma emboscada para Luís Galvão entre um capanga e um escravo da Luís Galvão. Jão Fera viu aproximar-se um cavalheiro, então o cavalheiro perguntou a Jão Fera se ele ia cumprir o combinado, Jão Fera disse que sim e perguntou o nome dele, que era Barroso. Barroso havia combinado com Jão uma emboscada para Luís Galvão. Mas Jão Fera disse que se soubesse que se tratava de Galvão ele não aceitaria, mas ele teria de aceitar porquê já tinha gastado todo o dinheiro que eram cinqüenta mil réis.
***
Na casa de Luís Galvão estavam todos da família, Dona Emerlinda (sua esposa), Afonso e Linda (seus filhos), e Brás, o idiota.
Nesse dia Luís Galvão ia fazer uma viagem a Campinas com duração de três dias, e Dona Emerlinda estava muito preocupada, pois por esses dias avistaram na cidade Jão Fera, e ela receava que assassinassem seu marido.
Seu marido foi, mas minutos depois voltou para pegar papéis, ele escondeu um papel, e Dona Emerlinda desconfiou que ali havia um segredo. E ele foi novamente.
Deixando a mãe, os irmãos tomaram rumo a encontrar Berta a quem Linda prometera visita. Afonso também foi para ver Berta, e Linda para ver Miguel.
Afonso namorava Berta abertamente, mas Miguel não gostava de Linda, só tinha olhos para Berta, por isso não gostava desses encontros no Tanquinho. Berta gostava de todos, a todos queria bem. Berta tinha o apelido de Til.
Depois Berta conversando com Linda descobriu que seu pai ia a Campinas. Berta receosa de uma emboscada foi ver se Jão Fera estava à espera de Galvão. Berta correu e viu Jão Fera à espera, e Luís Galvão vinha na carruagem.
Berta repreendeu Jão chamando o de Malvado. Ele ficou muito envergonhado.
Ela perguntou o lhe se estava ali para matar alguém, a resposta foi afirmativa e ele disse que tinham pagado a ele. Berta perguntou – lhe se ele não tinha vergonha, mas era o ofício de Jão. Berta disse com desprezo que ele era um monstro. Essas palavras deixaram Jão envergonhado.
Ela deu a Jão o relicário de sua mãe para que ele vendesse e restituísse o dinheiro gasto.
Outro dia Berta foi visitar Zana, uma velha que fora sua Babá quando pequena. Zana há muitos anos ficara louca, e fazia uns gestos estranhos os quais Berta tentava entender.
Berta tinha quinze anos e vivia com Nhá Tudinha desde que sua mãe morrera. Mas ela não sabia como e Brás vivia perseguindo Berta.
Berta era quem ensinava tudo a Brás. Ela fora a única pessoa que o tratava bem, e o ensinava a orar e a ler e escrever. Ele já havia ido pra escola, mas lá todos zombavam dele por ser um idiota. O apelido de Til que fora dado à Berta veio de Brás. Um dia ensinado a ele com a cartilha, Brás apontou para o til, e isso lhe provocou imensa alegria, então Berta disse que ela era o Til, então a partir daí Brás a chamava de Til.
Brás era filo de uma irmã de Luís Galvão, quando a mãe dele morreu sobrou –lhe o único parente: Luís Galvão.
Outro dia Miguel como sempre, queria sempre estar com Berta, mas ela sempre fazia a atenção de Miguel voltar-se para Linda.
Outro dia Jão Fera foi falar com Barroso, e disse que não havia cumprido o serviço e não deu mais explicações. Barroso ficou bravo, e disse que até o dia de São João, Jão Fera teria de acertar a dívida.
Jão tentou conseguir o dinheiro, mas foi em vão. Então depois Jão achou uma forma de pagar o dinheiro e foi contar a Berta. Berta ficou muito feliz.
Era véspera de São João, mas Linda estava triste porque naquela noite todas as moças tinham alguém que pensassem nelas, mas Linda não tinha. Então Berta a animou dizendo que Miguel a amava, e ela não tinha porque se preocupar, mas Linda não acreditou.
Então ali perto Monjolo (escravo) e alguns capangas, combinavam novamente uma emboscada para Luís Galvão. E eles fariam o grito do curiau (o grito que Jão Fera fazia quando ia matar alguém), só que Jão não estava envolvido.
Luís Galvão chegar de viagem para sossego de Dona Emerlinda. Chegou também Pai Quicé que contou a Berta que iriam prender o Bugre Jão. Então Quicé fora mostrar à Berta a furna onde Jão morava.

***
Em 1826, a mais bonita moça em Santa Bárbara, era Besita. Vários filhos de fazendeiros iam cortejá-la. Mas nenhum chegava aos pés de Luís Galvão. Nesse tempo Jão era camarada de Galvão. Jão fora agregado à família de Galvão graças ao pai de Luís.
Jão muitas vezes tinha que brigar em confusões arranjadas por Galvão, que gostava duma briga.
Jão gostava muito de Besita, uma paixão que afrontava o impossível. Quando descobriu que Galvão gostava da moça, procurou briga a todo custo, parecendo querer mesmo a morte.
Então apareceu na cidade Ribeiro o qual o pai de Besita indicou a ela e pois Galvão era de origem humilde, já Ribeiro era rico, então sem escolha ela se casou. Mas ao sair da igreja Ribeiro teve de sair para receber sua herança e disse que voltaria logo.
Haviam passado alguns meses e Ribeiro ainda não voltara. Já era noite e Besita ouviu uns passos e pensou que era seu marido. Ele a abraçou e a levou para o quarto. Depois atendendo ao desespero da moça, Zana foi vê-la e vendo a desesperada, viu que Luís Galvão se afastava.
Depois que ficou sabendo, Jão Fera quis matar Galvão, mas Besita o proibiu. Entretanto Ribeiro não dava sinal. Besita teve então uma filha. Colocou-lhe o nome de Berta.
Passaram-se anos, e Jão sempre ajudando Besita, então ribeiro chegou.
Zana pegou carvão e pintou a criança para fingir que ela fosse sua filha.
Mas não adiantou, Zana foi até o quarto acudir o grito de Besita, mas era tarde, ela viu Ribeiro estrangulando Besita com suas tranças. Jão ouviu o grito, mas quando foi pegar Ribeiro ouviu a voz de Besita. Ela pedia que cuidasse de Berta.
Ribeiro planejara o assassinato. Com o dinheiro da fortuna arrumara outra mulher, mas depois resolver voltar, e ficou a espreita e viu que Besita o tinha traído.
Ele fugiu, e o bugre ficou com a criança, tentando niná-la, e quando não conseguia de seus olhos caíam lágrimas.
Nhá Tudinha sabendo de tudo resolveu ficar com a criança.
Tempos depois Ribeiro voltou aquele lugar, só que com outro nome para que não fosse descoberto, com o nome de Barroso. O homem que Jão havia feito negócio.

***
Outro dia brincando com Afonso, Berta reconheceu que só o queria como amigo.
Depois aconteceu a festa de São João. Naquela noite estava combinada a emboscada para Luís Galvão.
Berta começou a deixar Miguel e Linda a sós, mas quando viu que eles estavam se entendendo, ela começou a sentir ciúmes, e viu que gostava de Miguel.
Então começou o plano entre escravos e capangas. Eles botaram incêndio no canavial, então Luís Galvão foi correndo esperando que os empregados viessem atrás, mas não foi assim. Então quando estava perto do fogo, veio um homem e lhe deu uma cacetada. Mas veio Jão e lhe salvou e disse que só o salvou porque certamente Berta pensaria que era Jão o responsável pela morte de Galvão, mas Jão sentia muita vontade de matá-lo.
D. Emerlinda ao ver que Linda estava com Miguel resolveu ir embora para o rio de janeiro. E quis mais ainda ir quando o Luís Galvão lhe confessou que tinha uma filha com Besita, e que era Berta. D. Emerlinda quis que Galvão reconhecesse a filha.
Então Luís contou a verdade a Berta, mas ela não aceitou Luís como pai, mas ele se pôs a seu dispor.
Miguel veio falar com Berta, veio dizer que a amava e que se ela quisesse eles poderiam se casar.
Mas ela lembrou-se de Linda e não aceitou. E ela continuou a viver sua vida, pois ela foi criada para ajudar a construir sonhos, e não para destruí-los.

Fim